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A alegria de colocar a salvação em prática

Imagine por um instante que você ganhou algo que sempre sonhou ter. Você recebe esse artefato como um presente, contudo a pessoa que o presenteou pede que você utilize isso da melhor forma e coloque em prática a funcionalidade desse produto. Você teria que investir tempo, usá-lo de forma responsável e correta, abençoando as pessoas e doando-se integralmente ao significado e a importância do presente.

Parece um pouco confuso, entretanto essa é a linha de pensamento do Apóstolo Paulo ao escrever aos filipenses “ponham em ação a salvação de vocês” (Fp 1.12c). Você pode refletir que a salvação é recebida pela graça, não por obras ou méritos humanos (Ef 2.8-9) e você estará certíssimo nesse raciocínio. Todavia, a ação ou prática da salvação que Paulo propõe está ligada ao crescimento espiritual e o desenvolvimento das características de Cristo no crente.

Em primeiro lugar, Paulo chama atenção para a necessidade de obediência do cristão a Deus. Essa obediência é baseada no exemplo incomparável de Cristo (Fp 2.8), buscando concretizar a salvação ao máximo, experimentando progressivamente todos os aspectos e bençãos da salvação. Deve-se fazer isso com “temor e tremor”, ou seja, com reverência, responsabilidade, devoção, etc. Uma outra forma de colocar a salvação em prática é através do testemunho cristão. Nesse sentido Deus quer que a igreja seja reconhecida como uma comunidade de: a) servos exemplares que não vivem em contendas e discussões, sendo reconhecidamente puros e irrepreensíveis (Fp 2.14-15a); b) filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e depravada (Fp 2.15b); c) pessoas apegadas à Palavra de Deus e à mensagem do Evangelho (Fp 2.16). Uma terceira forma de se pôr a salvação em ação é por meio da própria oferta de vida do cristão.  A vida de Paulo estava sendo derramada como oferta ao Senhor e o serviço prestado pelos filipenses era tido como um sacrifício fruto da fé e obediência deles a Cristo. Essa mistura gerava alegria para ambos.

Portanto, Deus não salvou você para que estacione na vida espiritual ou que se feche em si mesmo! Coloque sua salvação em prática.

Pr. Dan Oliveira

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Estamos em obra

“Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus.” Filipenses 1:6

Você já lidou com obra em casa? Geralmente é trabalhoso e demorado, não é algo tão simples. O verbo grego traduzido por “começou” no versículo acima é usado novamente apenas em Gl 3.3 – ambas as vezes em referência à salvação em si. Quando Deus inicia a obra da salvação em nós, ele termina e aperfeiçoa essa obra. Portanto, o verbo “completar” aponta para a segurança eterna do cristão.

É preciso dizer que a garantia da preservação divina não anula a responsabilidade e a perseverança humana. É fácil perceber que antes de dizer que Aquele que começou a boa obra nos crentes filipenses também haveria de completá-la, Paulo elogiou o empenho e o trabalho deles em prol da obra de Deus (Filipenses 1:5). Além disso, no capítulo seguinte o apóstolo coloca essas duas verdades lado a lado de forma ainda mais clara ao dizer: “Assim também operai a vossa salvação com temor e tremor, porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade” (Filipenses 2:12,13).

Isso significa que a boa obra operada por Deus do começo ao fim no crente o capacita para uma vida de serviço em Sua obra. No Reino de Deus não há espaço para ociosidade. Ainda que seja verdade que Deus inicia sua obra para completá-la, também é verdade que, uma vez que Deus tenha começado Sua obra nos homens, estes jamais permanecem como meros instrumentos passivos. Na boa obra operada por Deus o entendimento do homem é iluminado, a inclinação de seu coração é transformada quando ele recebe vida espiritual, e seu caráter é moldado à semelhança de Cristo. Essa operação da graça de Deus na vida do homem o habilita e o qualifica para realizar boas obras, as quais sem a graça ele não poderia fazer. Então saber que Aquele que começou a boa obra em nós há de completá-la até o dia de Cristo Jesus, jamais deve ser um incentivo à negligência espiritual. Na verdade esse ensino deve nos encorajar a trabalhar ainda mais na causa do Evangelho, sabendo que o próprio Deus é quem está operando em nós a Sua boa obra. Como anda sua obra?

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Louvor e adoração ao Rei eternal

Algumas passagens bíblicas que abordam o contexto natalício de Jesus, enfatizam dois aspectos imprescindíveis para a compreensão de quem era esse menino: a) Jesus como rei; b) Jesus recebendo adoração e louvor.

Sobre a figura do rei que viria, o anjo Gabriel disse à Maria acerca de Jesus: “Ele será um grande homem e será chamado Filho do Deus Altíssimo. Deus, o Senhor, vai fazê-lo rei, como foi o antepassado dele, o rei Davi. Ele será para sempre rei dos descendentes de Jacó, e o Reino dele nunca se acabará” (Lc 1.32-33). A percepção de Jesus não apenas como mais um rei entre muitos é visível nesse trecho, assim como a ideia de um Reino eternal que se manifestaria através d’Ele.

É importante lembrar do episódio em que Lucas relata o encontro de um anjo do Senhor com os pastores de ovelhas. Depois de dar a notícia, se juntam a esse anjo uma multidão de seres angelicais, cantando hinos de louvor a Deus (Lc 2.13-14). Os pastores, após irem até Belém para presenciarem o nascimento de Jesus e relatar a mensagem recebida aos pais da criança, “voltaram para os campos, cantando hinos de louvor pelo que tinham ouvido e visto” (Lc 2.20).

Por fim, nos registros de Mateus, os sábios chegaram a Jerusalém e perguntaram: “Onde está o menino que nasceu para ser o rei dos judeus? Nós vimos a estrela dele no Oriente e viemos adorá-lo (Mt 2.2). Apesar dos planos maléficos de Herodes, os sábios seguiram a estrela e encontraram numa casa Maria e Jesus. Assim diz o texto: “Então se ajoelharam diante dele e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhes ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra” (Mt 2.11).

Jesus é reconhecidamente o Rei dos reis (Ap 19.16) e também aquele que como Deus encarnado era digno de receber louvor e adoração (Mt 14.33; 28.9; Mc 16.1; Lc 24.10).  Por isso, pode-se dizer que uma das premissas essenciais do Natal é Jesus como “o Rei adorado”.Pr. Dan Oliveira

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Salvação sem senhorio?

“Eu, eu mesmo, sou o Senhor, e além de mim não há salvador algum.” Isaías 43:11

Qual a condição para um pecador ser salvo? A reposta mais comum é aceitar a Jesus Cristo, e de fato está correta. Mas, aceitá-lo como? Muitos cristãos entendem apenas o aspecto de aceitá-lo como Salvador e se esquecem da importância de aceitá-lo também como Senhor. A Bíblia é clara ao dizer que Cristo é o único salvador e sem Jesus não há salvação (Atos 4:12). Mas esse não é o problema. A questão é: segundo a Bíblia, o que Deus requer do pecador para salvá-lo?

Em Rm 10:8–9, o apóstolo Paulo declara: “isto é, a palavra da fé que pregamos. Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”. Um estudo cuidadoso do Novo Testamento revela que a condição para ser salvo é reconhecer a Jesus Cristo como o Kyrios. A tradução em português desta palavra grega é Senhor. Se trata apenas de uma questão de terminologia? Não, este é um conceito fundamental e que deve ser compreendido pelos cristãos: não há salvação sem senhorio.

Os apóstolos nunca mutilaram o evangelho apresentando a Jesus só como Salvador. A proclamação apostólica afirma: Jesus Cristo é o Filho de Deus que morreu, ressuscitou e é o Senhor. Aceitar a Jesus só como um Salvador pessoal, é uma tentativa de receber perdão, salvação, paz, felicidade e vida eterna sem submeter-se efetivamente à autoridade de Jesus. Mas essa possibilidade não existe no Novo Testamento. Jesus me salva e me dá todos os benefícios da salvação quando dobro meus joelhos diante dele, confessando-o como Senhor. Isso implica no fim de minha rebelião e na aceitação de seu governo sobre minha vida. Se você tem certeza de que Jesus é seu salvador, lembre-se de certificar-se de que também é o Senhor da sua vida.

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NASCEU O CRISTO

Muitas pessoas, hoje em dia, ainda pensam na expressão “Cristo” como um sobrenome de Jesus. Contudo, o pensamento ocidental não se aplica ao panorama judaico do século I. Assim, torna-se importante entender que o vocábulo demanda um significado bíblico. Tanto Christos, que é um adjetivo verbal derivado de chrio, que significa “ungir”, como a expressão equivalente em  hebraico Meshiach, que é transliterado para a língua portuguesa através da palavra Messias, significam igualmente “ungido”.

Conforme os registros da Bíblia, várias pessoas foram ungidas, sendo que cada uma delas desempenhou papéis e missões especiais para Deus. Nesse sentido, cita-se Arão e seus filhos ungidos como sacerdotes de Deus (Êx 28.41); Davi ungido como rei de Israel (1 Sm 16.13); e Eliseu ungido profeta no lugar de Elias (1 Rs 19.16). Esses personagens, entre outros, são tipos de cristo, apontando de acordo com as Escrituras para da chegada do Cristo prometido, singular e único enviado por Deus para salvar os crentes.

Esse Cristo veio como um bebê, sendo envolto em panos e colocado numa manjedoura, servindo de sinal para os pastores que tiveram uma experiência com o anúncio angelical: “Hoje na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.11).

O Cristo Jesus não ficou relegado a uma imagem infante, mas Ele mesmo se revelou em seu ministério terreno. Experiências como a da mulher samaritana e (Jo 4.25-26) e no episódio envolvendo Pedro e os discípulos (Mt 16.16), assim como a convicção paulina presente na introdução de seus escritos (Rm 1.1; 1 Co 1.1; 2 Co 1.1 Gl 1.1; Ef 3.1; Fp 1.1; Cl 1.1; 1 Ts 1.1; 2 Ts 2.1; 1 Tm 1.1; 2 Tm 1.1; Tt 1.1; Fm 1), mostram essa realidade sobre vinda do Ungido de Deus: Jesus.

O que o nascimento do Cristo significa pra você? Ele deve ser sempre a essência do Natal. Lembre-se disso!  

`Pr. Dan Oliveira

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O Verbo encarnado

“E Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele.” Cl 1.17.

O evangelho de João apresenta Jesus como o “Verbo”, palavra que na Versão Almeida Revista e Corrigida é traduzida pela palavra grega “Logos”. O uso desta palavra pelo apóstolo tem trazido muitas discussões ao longo dos séculos, por se tratar de um termo usado na filosofia grega, o qual possuía um significado especial mas que neste contexto se aplica como: a Palavra vinda da parte de Deus, a Palavra que tudo havia criado (Gn 1. 3, 6, 9, 11, 14, 20, 24, 26,29). Deus tudo criou pela Sua Palavra e esta Palavra que, a um só tempo, era “palavra”, “discurso”, mas também ordenava e organizava a criação, era o “Logos”, a Palavra de Deus.

Quando ministrou na Terra, Jesus não era um fantasma nem um espírito, e seu corpo não era uma ilusão. Tanto João quanto os outros discípulos tiveram uma experiência pessoal que os convenceu da realidade do corpo de Jesus. Apesar da ênfase de João sobre a divindade de Cristo, ele deixa claro que o Filho de Deus veio em carne e osso e, ainda que sem pecado, se sujeitou às fragilidades da natureza humana.

Em seu Evangelho, João ressalta que Jesus sentiu cansaço e sede. Agitou-se no espírito e comoveu-se e chorou abertamente. Quando estava na cruz, sentiu sede, morre e sangrou. Depois de sua ressurreição, provou a Tomé e aos outros discípulos que ainda possuía um corpo real, porém glorificado. De que maneira “o Verbo se fez carne”? Pelo milagre do nascimento. Assumiu uma natureza humana sem pecado e se identificou conosco em todos os aspectos da vida, desde o nascimento até a morte. “O Verbo” não era um conceito abstrato nem uma filosofia, mas uma Pessoa real, que podia ser vista, tocada e ouvida.

Cristo é o maior privilégio que a humanidade já pode receber. Sendo Ele o princípio de todas as coisas e a razão pela qual tudo passou a existir, é de suma importância caminhar em direção a Ele em busca de orientação, sabedoria e conhecimento. Suas Palavras ainda ecoam através dos séculos a nos dizer: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (Jo 14.6).

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JULGAMENTO E LIVRAMENTO

Parte do terceiro e último capítulo do livro de Joel (3.1-16), apresenta-nos o julgamento do SENHOR sobre as nações inimigas do povo de Israel. Primeiramente, Deus nos mostra as razões para o exercício desse juízo vindouro (v.1-8) e em seguida nos traz uma descrição do Dia do SENHOR como um clímax do julgamento divino (v.9-16). É bem verdade, que os versículos finais (v.17-21) relatam a restauração de Israel e a certeza de que Deus faria morada no meio do seu povo, todavia o cenário geral é, no mínimo, estarrecedor.

Assim como Pedro fala sobre as cartas paulinas (2 Pe 3.16), o texto de Joel trata de assuntos que muitas vezes são difíceis de entender, mas que mesmo assim nos permitem algumas aplicações práticas. Por exemplo, os inimigos de Deus não saíram impunes pelas atrocidades que praticaram. Esses inimigos são apontados como as nações vizinhas que oprimiram Israel. O SENHOR fala de uma guerra que ocorrerá no vale de Josafá [que significa “o Senhor julga”] ou vale da Decisão e que está ligado ao Dia do SENHOR. O Deus que entra no pleito contra os inimigos do seu povo é o mesmo Deus que garante refúgio para seus filhos.

Pois bem, consoante às afirmações anteriores, devemos lembrar que em outros tempos nós também éramos “inimigos de Deus” (Rm 5.10; Cl 1.21), mas através do sacrifício de Cristo, Deus nos tornou amigos d’Ele. Do mesmo modo, como pecadores destituídos da glória de Deus (Rm 3.23), nós merecíamos o juízo, mas novamente em Jesus encontramos livramento para essa sentença através de uma “decisão” de arrependimento e fé. Talvez muitos precisaram passar pelo “vale da sombra da morte” (Sl 23.4), antes de realizar essa decisão. Assim, nessa batalha da vida em que Deus é por nós (Rm 8.31), Ele mesmo se faz uma fortaleza para os que n’Ele confiam (Sl 91.2).

Pensemos nessa máxima, há julgamento para os inimigos de Deus e livramento para o seu povo. Deleite-se nessa verdade bíblica.

Pr. Dan Oliveira

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O Dia do Senhor

“Porque o Dia do SENHOR está prestes a vir sobre todas as nações” (Ob 1.15)

No capítulo 2 de Joel (1-11,28-32), o profeta descreve o dia imediato do Senhor, a terrível praga de gafanhotos. Isso o levou a uma descrição do dia iminente do Senhor, a invasão impendente do exército do Norte. Tudo o que lhe resta descrever ainda é o dia final do Senhor, quando Deus julgará todas as nações da Terra.

O Dia do Senhor é um termo que representa todos os juízos de Deus sobre a terra. Ele ocorre durante toda a história do reino de Deus e está presente em cada julgamento particular. Ele não deve ser entendido apenas como o Dia do Juízo Final, porém, culmina sim com o grande Dia do Juízo, na segunda vinda de Cristo quando o Senhor se assentará no seu trono e julgará com justiça as nações. Todos os atos de juízo e disciplina de Deus, ao longo da história, visam chamar seu povo ao arrependimento e punir os impenitentes que estão incluídos nesse dia.  Dessa maneira, os gafanhotos ou os soldados assírios foram os próprios ministros de Deus que executaram sua disciplina contra a rebelde nação de Judá.

Mas Joel prometeu que, antes do início do Dia do Senhor, haverá um derramamento extraordinário do Espírito Santo acompanhado de sinais nos céus e na Terra. Na era do Antigo Testamento, o Espírito Santo foi dado apenas a determinadas pessoas com tarefas específicas a cumprir. No entanto, a promessa de Deus por intermédio de Joel afirmava que o Espírito viria sobre “toda a carne”, o que inclui homens e mulheres, jovens e idosos, judeus e gentios.

Apesar de o Dia do Senhor se caracterizar pela ira e justiça divina, vemos nas profecias de Joel que depois do chamado ao arrependimento, o Senhor dá uma resposta positiva e graciosa aos arrependidos. E no fim, a mensagem sobre o Dia do Senhor não é apenas sobre castigo e destruição, mas envolve o Derramamento do Espírito e a Salvação para o povo.

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O LIVRO DE JOEL

O livro de Joel possui 3 capítulos e traz o alerta sobre o “Dia do SENHOR”. Os capítulos 1 e 2 descrevem uma praga de gafanhotos, deixando um rastro de fome por onde passassem. Eles têm dentes como leões, correm como cavalos, escalam muros como soldados e fazem sons como carros de guerras. Embora, a falsa adoração fosse muito comum em Jerusalém e Judá, Deus não deixaria que os rebeldes continuassem fazendo o que era errado. Ainda consta nessa porção bíblica o que se pode intitular de “chamado ao arrependimento”, sendo assim o povo teria esperança de redenção somente se voltasse para Deus.

Você sabia que os apóstolos Pedro e Paulo citaram o profeta Joel? Pedro, no Dia de Pentecostes, citou o derramamento do Espírito Santo aos crentes em sua pregação em Jerusalém (At 2.17-21). Paulo enfatiza que “todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo” (Rm 10.13). Na concepção paulina, “invocar o nome do SENHOR” envolve conhecer a Deus, confiar Nele, obedecê-Lo e colocar a vontade Dele como prioridade na vida cristã. Em outras palavras, esse “invocar” implica fé e compromisso com Deus, muito mais que o mero emprego de palavras (Mt 7.21).

No capítulo 3, numa perspectiva de julgamento, Deus diz que vai ajustar contas com as nações por terem maltratado o seu povo, e que elas seriam esmagadas como uvas no lagar. Depois disso, o SENHOR, promete trazer bençãos tanto físicas como espirituais para o seu verdadeiro povo. Para Joel, na consumação dos tempos, todos no céu e na terra estarão unidos em pura adoração.

Ao conhecer o livro de Joel, percebe-se como os que se tornam inimigos de Deus acabam mal e como o SENHOR perdoa aqueles que se arrependem e se voltam para Ele. Pode-se dizer que as profecias de Joel estão se cumprindo com as pregações das boas novas do Reino.

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Entre servir e curar

“Eles nos prestaram muitas honras e, quando estávamos para embarcar, forneceram-nos os suprimentos que necessitávamos.” Atos 28:10

O que é mais nobre, servir ou curar? Deus os havia levado à ilha de Malta (que significa “refúgio”), onde a população local recebeu todos os 276 passageiros e procurou acomodá-los da melhor maneira possível. Para os gregos, qualquer um que não falasse sua língua era considerado “bárbaro”, mas essas pessoas mostraram-se gentis e solidárias. A tempestade acalmou, mas o tempo continuava frio, de modo que os malteses prepararam uma fogueira. Depois de tudo o que havia feito pelos passageiros, Paulo poderia muito bem ter pedido um trono e exigido que o servissem! Em vez disso, pôs-se a trabalhar, ajudando a juntar lenha para a fogueira. Nenhuma tarefa é pequena demais para os servos de Deus que têm a “mente de Cristo”.

Mais uma vez vemos que Paulo além de ser um visionário era um homem prático; e o que mais vemos é que, apesar de ser um grande homem, não se envergonhava de ser útil também para as pequenas coisas. Parece que em Malta o chefe da ilha era um funcionário; e Públio pode ter sido o principal representante romano dessa parte da ilha. Seu pai estava doente e Paulo teve a oportunidade de exercitar seu dom de curar e levar-lhe consolo. Mas no versículo 9 se destaca uma possibilidade muito interessante. O versículo diz que o resto das pessoas que estavam doentes também vinham e eram curados.

Entre servir e curar, Paulo e seus companheiros passaram três meses em Malta: foram tratados com bondade e receberam presentes generosos em sua despedida. Os passageiros haviam perdido tudo no naufrágio e ficaram gratos por terem suas necessidades supridas. Lucas não menciona qualquer trabalho evangelístico na ilha, mas podemos crer que Paulo compartilhou o evangelho com todos os que se mostraram dispostos a ouvir. Por certo, seu livramento miraculoso do mar e seu poder de curar suscitaram o interesse do povo, e Paulo deu toda a glória a Deus. Fica evidente que o reconhecimento do povo de Malta era demonstração do cuidado de Deus, que queria usar a vida de Paulo para ensinar que quem é fiel no pouco também será no muito.