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Entre servir e curar

“Eles nos prestaram muitas honras e, quando estávamos para embarcar, forneceram-nos os suprimentos que necessitávamos.” Atos 28:10

O que é mais nobre, servir ou curar? Deus os havia levado à ilha de Malta (que significa “refúgio”), onde a população local recebeu todos os 276 passageiros e procurou acomodá-los da melhor maneira possível. Para os gregos, qualquer um que não falasse sua língua era considerado “bárbaro”, mas essas pessoas mostraram-se gentis e solidárias. A tempestade acalmou, mas o tempo continuava frio, de modo que os malteses prepararam uma fogueira. Depois de tudo o que havia feito pelos passageiros, Paulo poderia muito bem ter pedido um trono e exigido que o servissem! Em vez disso, pôs-se a trabalhar, ajudando a juntar lenha para a fogueira. Nenhuma tarefa é pequena demais para os servos de Deus que têm a “mente de Cristo”.

Mais uma vez vemos que Paulo além de ser um visionário era um homem prático; e o que mais vemos é que, apesar de ser um grande homem, não se envergonhava de ser útil também para as pequenas coisas. Parece que em Malta o chefe da ilha era um funcionário; e Públio pode ter sido o principal representante romano dessa parte da ilha. Seu pai estava doente e Paulo teve a oportunidade de exercitar seu dom de curar e levar-lhe consolo. Mas no versículo 9 se destaca uma possibilidade muito interessante. O versículo diz que o resto das pessoas que estavam doentes também vinham e eram curados.

Entre servir e curar, Paulo e seus companheiros passaram três meses em Malta: foram tratados com bondade e receberam presentes generosos em sua despedida. Os passageiros haviam perdido tudo no naufrágio e ficaram gratos por terem suas necessidades supridas. Lucas não menciona qualquer trabalho evangelístico na ilha, mas podemos crer que Paulo compartilhou o evangelho com todos os que se mostraram dispostos a ouvir. Por certo, seu livramento miraculoso do mar e seu poder de curar suscitaram o interesse do povo, e Paulo deu toda a glória a Deus. Fica evidente que o reconhecimento do povo de Malta era demonstração do cuidado de Deus, que queria usar a vida de Paulo para ensinar que quem é fiel no pouco também será no muito.

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