Quando Paulo se pôs a discorrer acerca da justiça, do domínio próprio e do juízo vindouro, Félix teve medo e disse: “Basta, por enquanto! Pode sair. Quando achar conveniente, mandarei chamá-lo de novo.” Atos 24:25
Félix foi amável com Paulo, mas este com sua conversação e admoestações aterrorizaram seu coração. Não deve nos surpreender, pois, que tivesse medo quando Paulo lhe falava das elevadas exigências morais de Deus. Paulo não foi um arauto da conveniência, ele não pregava para agradar. Tendo oportunidade de falar ao governador Félix e sua esposa Drusila, sabendo que aquela era uma relação adulterina, desenvolve seu discurso sobre três temas contundentes, que como flechas, feriram a consciência de Félix: justiça, domínio próprio e juízo vindouro.
Ao abordar o tema da justiça, Paulo mostrou a Félix e Drusila que eles deveriam tomar alguma atitude em relação ao pecado passado. Ao abordar o tema do domínio próprio, Paulo os constrangeu a tomar uma atitude com respeito à tentação presente. E ao abordar o tema do juízo vindouro, Paulo os levou a refletir sobre a atitude que deveriam ter com respeito ao julgamento futuro. O governador ficou com medo do julgamento futuro, mas recusou-se a se arrepender dos seus maus caminhos e se voltar para a fé em Jesus.
A atitude de Félix foi deplorável, pois em vez de arrepender-se, procrastinou a mais importante decisão de sua vida: “por agora, podes retirar-te, e, quando eu tiver a vagar, chamar-te-ei”. Félix possuía uma mente esclarecida, suas emoções haviam sido tocadas, mas sua volição não havia cedido. Pagou um alto preço por sua atitude, tentou ganhar o mundo, mas, tanto quanto sabemos, perdeu sua alma. A procrastinação, o deixar para depois, é a mais insensata e mais perigosa decisão da vida, mormente, quando se trata da salvação de sua vida. O dia do arrependimento é hoje. O tempo do acerto com Deus é agora. Amanhã pode ser tarde demais!