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Oração sobre vida e conduta cristã

“Noite e dia insistimos em orar para que possamos vê-los pessoalmente e suprir o que falta à sua fé” (1 Ts 3.10).

Para refrescar a memória, neste ano de 2022, iniciamos o estudo da Primeira Carta de Paulo aos Tessalonicenses, tratando da temática “Até que Ele volte: vida e conduta cristã”. Essa abordagem serve muito bem como um resumo geral, pois enquanto os crentes aguardam a volta de Jesus, precisam ter suas vidas e condutas transformadas por Deus.  

Em apenas três versículos (1 Ts 3.11-13), Paulo desenvolve os dois motivos de oração citados no texto-base (v.10): a) o desejo de ver os tessalonicenses pessoalmente; b) suprir o que faltava à fé dos novos irmãos de Tessalônica.

Primeiramente, Paulo, juntamente com Timóteo e Silas, pede a Deus pela oportunidade de estarem face a face com aqueles irmãos. O desejo paulino é que Deus preparasse o caminho até os tessalonicenses (v.11). Em segundo lugar, Paulo intercede para que haja crescimento [transbordar] do amor entre os irmãos e para com todos, como ele e seus companheiros evidenciavam esse amor exemplar (v.12). Ao finalizar essa prece escrita, Paulo roga para que os tessalonicenses tenham o coração fortalecido na busca da santidade progressiva, apontando para essa importância na volta do Senhor Jesus (v.13).

E o que podemos aprender de forma prática com essa oração de Paulo?        1) buscar oportunidades para estarmos com nossos irmãos [cultos, visitas, discipulado, etc.], pois Paulo não se contentava em apenas saber notícias, mas ansiava por estar com aquelas pessoas; 2) crescer sempre em amor [transbordar], não somente por nossos irmãos, mas por todas as pessoas, buscando sermos exemplos naquilo que difere o Deus verdadeiro e seus adoradores; 3) lutar pela santidade progressiva, enquanto aguardamos a volta de Jesus. As palavras “irrepreensíveis” ou “isentos de culpa” mostram a seriedade do caso e que isso não é algo facultativo para o cristão.

Assim sendo, devemos orar com afinco: – Que Deus trabalhe em nossa vida e conduta cristã até que Jesus venha novamente.

Pr. Dan Oliveira   

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Natal para todos

“E perguntavam: — Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo.” Mateus 2:2

A palavra traduzida por “magos” refere-se a eruditos que estudavam as estrelas. O título dá a impressão de que eram mágicos, mas é provável que fossem apenas astrólogos. No entanto, sua presença no relato bíblico não deve ser interpretada como corroboração divina para a prática da astrologia, mas o propósito de Deus para toda a humanidade. Desde o começo, Jesus veio para ser “o Salvador do mundo”.

Os magos estavam à procura do Rei, mas Herodes temia esse Rei e desejava destruí-lo. Não é de se admirar que Herodes tenha tentado matar Jesus. Afinal, desejava ser o único a usar o título de “Rei dos Judeus”. E por isso Deus lhes deu um sinal especial, uma estrela miraculosa que anunciou o nascimento do Rei. A estrela guiou-os a Jerusalém; lá, os profetas de Deus lhes disseram que o Rei nasceria em Belém. Assim, os magos foram a Belém e, quando chegaram lá, adoraram o menino Jesus.

Podemos resumir a atitude dos magos em duas palavras: Reverência e adoração. Desejam pôr aos pés de Jesus os presentes mais nobres que puderam trazer. Sem dúvida, quando qualquer ser humano toma consciência do amor de Deus em Jesus Cristo, também deve se sentir maravilhado, e responder a este amor com sua adoração e louvor. Ouro para um rei, incenso para um sacerdote, mirra para quem vai morrer. Estes foram os presentes dos sábios orientais: até no berço de Jesus anteciparam que teria que ser o autêntico Rei, o perfeito Sumo Sacerdote e, finalmente, o supremo Salvador dos homens.

A atitude dos magos nos faz refletir sobre o nosso papel como igreja diante do Natal. Jesus não nasceu apenas para os cristãos e essa não deve ser apenas uma data especial de comemoração, mas um advento de proclamação para que todas as nações conheçam o salvador do mundo. Os magos do oriente reconheceram Jesus como messias antes mesmo que o seu povo, nos mostrando que muitas vezes nos esquecemos que a Boa Nova chegou para todo o povo!

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O cristão vitorioso

“Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.”       Filipenses 3:14

Paulo utiliza a figura do atleta. Os estudiosos da Bíblia não apresentam um consenso quanto ao esporte específico descrito pelo apóstolo – se é uma corrida a pé ou uma corrida de carros. Na verdade, não faz diferença, mas prefiro a imagem da corrida de carros. O carro grego usado nos Jogos Olímpicos e em outros eventos era, na verdade, uma pequena plataforma com uma roda de cada lado. O condutor não tinha muitos lugares onde se segurar durante o percurso na pista. Precisava inclinar-se para frente e retesar todos os nervos e músculos, a fim de manter o equilíbrio e controlar os cavalos. O verbo “avançar”, em Filipenses 3:13, significa, literalmente, “se esticar como quem está em uma corrida”.

É importante observar que Paulo não diz como alcançar a salvação. Se fosse o caso, o apóstolo estaria descrevendo a salvação pelas obras ou por esforço próprio, o que seria uma contradição com as palavras dos onze primeiros versículos de Filipenses 3. A fim de participar das competições na Grécia, o atleta deveria ser cidadão grego. Não competia para obter a cidadania. Em Filipenses 3:20, Paulo lembra seus leitores de que “nossa pátria está nos céus”. Uma vez que já somos filho de Deus por meio da fé em Cristo, temos a responsabilidade de “completar a carreira” e de alcançar os objetivos que Deus estipulou para nós. Trata-se de uma ilustração clara de Filipenses 2:12,13: “desenvolvei a vossa salvação (…) porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar”.

Cada cristão está em uma pista de corrida; cada um tem uma raia específica, dentro da qual deve correr, e cada um tem um objetivo a alcançar. Quem alcançar o objetivo que Deus planejou será recompensado. Quem falhar, perderá a recompensa, mas não a cidadania, assim como diz 1 Co 3:11-15, em que a mesma ideia é apresentada usando uma imagem arquitetônica. Todos desejamos ser “cristãos vitoriosos” e cumprir os propósitos para os quais fomos salvos.

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Salvação sem senhorio?

“Eu, eu mesmo, sou o Senhor, e além de mim não há salvador algum.” Isaías 43:11

Qual a condição para um pecador ser salvo? A reposta mais comum é aceitar a Jesus Cristo, e de fato está correta. Mas, aceitá-lo como? Muitos cristãos entendem apenas o aspecto de aceitá-lo como Salvador e se esquecem da importância de aceitá-lo também como Senhor. A Bíblia é clara ao dizer que Cristo é o único salvador e sem Jesus não há salvação (Atos 4:12). Mas esse não é o problema. A questão é: segundo a Bíblia, o que Deus requer do pecador para salvá-lo?

Em Rm 10:8–9, o apóstolo Paulo declara: “isto é, a palavra da fé que pregamos. Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”. Um estudo cuidadoso do Novo Testamento revela que a condição para ser salvo é reconhecer a Jesus Cristo como o Kyrios. A tradução em português desta palavra grega é Senhor. Se trata apenas de uma questão de terminologia? Não, este é um conceito fundamental e que deve ser compreendido pelos cristãos: não há salvação sem senhorio.

Os apóstolos nunca mutilaram o evangelho apresentando a Jesus só como Salvador. A proclamação apostólica afirma: Jesus Cristo é o Filho de Deus que morreu, ressuscitou e é o Senhor. Aceitar a Jesus só como um Salvador pessoal, é uma tentativa de receber perdão, salvação, paz, felicidade e vida eterna sem submeter-se efetivamente à autoridade de Jesus. Mas essa possibilidade não existe no Novo Testamento. Jesus me salva e me dá todos os benefícios da salvação quando dobro meus joelhos diante dele, confessando-o como Senhor. Isso implica no fim de minha rebelião e na aceitação de seu governo sobre minha vida. Se você tem certeza de que Jesus é seu salvador, lembre-se de certificar-se de que também é o Senhor da sua vida.