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Louvor e adoração ao Rei eternal

Algumas passagens bíblicas que abordam o contexto natalício de Jesus, enfatizam dois aspectos imprescindíveis para a compreensão de quem era esse menino: a) Jesus como rei; b) Jesus recebendo adoração e louvor.

Sobre a figura do rei que viria, o anjo Gabriel disse à Maria acerca de Jesus: “Ele será um grande homem e será chamado Filho do Deus Altíssimo. Deus, o Senhor, vai fazê-lo rei, como foi o antepassado dele, o rei Davi. Ele será para sempre rei dos descendentes de Jacó, e o Reino dele nunca se acabará” (Lc 1.32-33). A percepção de Jesus não apenas como mais um rei entre muitos é visível nesse trecho, assim como a ideia de um Reino eternal que se manifestaria através d’Ele.

É importante lembrar do episódio em que Lucas relata o encontro de um anjo do Senhor com os pastores de ovelhas. Depois de dar a notícia, se juntam a esse anjo uma multidão de seres angelicais, cantando hinos de louvor a Deus (Lc 2.13-14). Os pastores, após irem até Belém para presenciarem o nascimento de Jesus e relatar a mensagem recebida aos pais da criança, “voltaram para os campos, cantando hinos de louvor pelo que tinham ouvido e visto” (Lc 2.20).

Por fim, nos registros de Mateus, os sábios chegaram a Jerusalém e perguntaram: “Onde está o menino que nasceu para ser o rei dos judeus? Nós vimos a estrela dele no Oriente e viemos adorá-lo (Mt 2.2). Apesar dos planos maléficos de Herodes, os sábios seguiram a estrela e encontraram numa casa Maria e Jesus. Assim diz o texto: “Então se ajoelharam diante dele e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhes ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra” (Mt 2.11).

Jesus é reconhecidamente o Rei dos reis (Ap 19.16) e também aquele que como Deus encarnado era digno de receber louvor e adoração (Mt 14.33; 28.9; Mc 16.1; Lc 24.10).  Por isso, pode-se dizer que uma das premissas essenciais do Natal é Jesus como “o Rei adorado”.Pr. Dan Oliveira

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Salvação sem senhorio?

“Eu, eu mesmo, sou o Senhor, e além de mim não há salvador algum.” Isaías 43:11

Qual a condição para um pecador ser salvo? A reposta mais comum é aceitar a Jesus Cristo, e de fato está correta. Mas, aceitá-lo como? Muitos cristãos entendem apenas o aspecto de aceitá-lo como Salvador e se esquecem da importância de aceitá-lo também como Senhor. A Bíblia é clara ao dizer que Cristo é o único salvador e sem Jesus não há salvação (Atos 4:12). Mas esse não é o problema. A questão é: segundo a Bíblia, o que Deus requer do pecador para salvá-lo?

Em Rm 10:8–9, o apóstolo Paulo declara: “isto é, a palavra da fé que pregamos. Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”. Um estudo cuidadoso do Novo Testamento revela que a condição para ser salvo é reconhecer a Jesus Cristo como o Kyrios. A tradução em português desta palavra grega é Senhor. Se trata apenas de uma questão de terminologia? Não, este é um conceito fundamental e que deve ser compreendido pelos cristãos: não há salvação sem senhorio.

Os apóstolos nunca mutilaram o evangelho apresentando a Jesus só como Salvador. A proclamação apostólica afirma: Jesus Cristo é o Filho de Deus que morreu, ressuscitou e é o Senhor. Aceitar a Jesus só como um Salvador pessoal, é uma tentativa de receber perdão, salvação, paz, felicidade e vida eterna sem submeter-se efetivamente à autoridade de Jesus. Mas essa possibilidade não existe no Novo Testamento. Jesus me salva e me dá todos os benefícios da salvação quando dobro meus joelhos diante dele, confessando-o como Senhor. Isso implica no fim de minha rebelião e na aceitação de seu governo sobre minha vida. Se você tem certeza de que Jesus é seu salvador, lembre-se de certificar-se de que também é o Senhor da sua vida.

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NASCEU O CRISTO

Muitas pessoas, hoje em dia, ainda pensam na expressão “Cristo” como um sobrenome de Jesus. Contudo, o pensamento ocidental não se aplica ao panorama judaico do século I. Assim, torna-se importante entender que o vocábulo demanda um significado bíblico. Tanto Christos, que é um adjetivo verbal derivado de chrio, que significa “ungir”, como a expressão equivalente em  hebraico Meshiach, que é transliterado para a língua portuguesa através da palavra Messias, significam igualmente “ungido”.

Conforme os registros da Bíblia, várias pessoas foram ungidas, sendo que cada uma delas desempenhou papéis e missões especiais para Deus. Nesse sentido, cita-se Arão e seus filhos ungidos como sacerdotes de Deus (Êx 28.41); Davi ungido como rei de Israel (1 Sm 16.13); e Eliseu ungido profeta no lugar de Elias (1 Rs 19.16). Esses personagens, entre outros, são tipos de cristo, apontando de acordo com as Escrituras para da chegada do Cristo prometido, singular e único enviado por Deus para salvar os crentes.

Esse Cristo veio como um bebê, sendo envolto em panos e colocado numa manjedoura, servindo de sinal para os pastores que tiveram uma experiência com o anúncio angelical: “Hoje na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.11).

O Cristo Jesus não ficou relegado a uma imagem infante, mas Ele mesmo se revelou em seu ministério terreno. Experiências como a da mulher samaritana e (Jo 4.25-26) e no episódio envolvendo Pedro e os discípulos (Mt 16.16), assim como a convicção paulina presente na introdução de seus escritos (Rm 1.1; 1 Co 1.1; 2 Co 1.1 Gl 1.1; Ef 3.1; Fp 1.1; Cl 1.1; 1 Ts 1.1; 2 Ts 2.1; 1 Tm 1.1; 2 Tm 1.1; Tt 1.1; Fm 1), mostram essa realidade sobre vinda do Ungido de Deus: Jesus.

O que o nascimento do Cristo significa pra você? Ele deve ser sempre a essência do Natal. Lembre-se disso!  

`Pr. Dan Oliveira