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Amor fraternal

“E, de fato, vocês amam todos os irmãos em toda a Macedônia. Contudo, irmãos, insistimos com vocês que cada vez mais assim procedam.” 1 Tessalonicenses 4.10.

Qual deve ser nossa medida de amor para com nossos irmãos? Como a um melhor amigo? Como ao cônjuge? Até que ponto podemos amar, até que fronteiras? Paulo usa o termo Philadelphia no versículo 9, que significa amor entre irmãos de sangue. Nosso amor deve ser como se os nossos irmãos em Cristo fossem nossos irmãos de sangue, o que de fato são através da filiação a Deus, que temos através de Jesus. Irmão continua sendo irmão independente do que ele faz, irmão devemos defender com unhas e dentes. “Ai de quem falar mal do nosso irmão”. Irmão é amado e aceito, irmão é defendido, irmão é cuidado, irmão compartilha experiências e vida. “Sem dúvida aqueles crentes eram hospitaleiros; e assim obtiveram a reputação de ser uma comunidade cristã generosa, que é a mesma substância do amor fraternal.”

“E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas”. Mateus 22.39, 40. O amor fraternal, o amar ao próximo não é uma opção do cristão, é um dever. Falhar com essa lei é falhar com o sacrifício de Cristo, falhar com esse mandamento é omissão ao dever de vida cristã. Falhar com esta ordem é colocar em xeque as escrituras (leis e profetas). Se falhamos com essa missão, falhamos com a grande comissão e a proclamação do evangelho: “Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um: eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste.” João 17:22,23. Como o mundo crerá no amor de Deus se não conseguimos amar uns aos outros? Como o mundo crerá se continuarmos a ser mentirosos de carteirinha? MENTIROSOS!? Sim, mentirosos! Porque “Se alguém afirmar: “Eu amo a Deus”, mas odiar seu irmão é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.” 1 João 4:20

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Andando em santidade

“Pois Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação.” 1 Tessalonicenses 4:7

A vida cristã pode ser comparada a uma caminhada. Na verdade, esta é uma das imagens prediletas de Paulo: “Que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados” (Ef4:1); “Que não mais andeis como também andam os gentios” (Ef 4:17); “Andai em amor” (Ef 5:2); “Andai como filhos da luz” (Ef 5:8). A vida cristã começa com um passo de fé. Mas esse passo conduz a uma caminhada de fé, “visto que andamos por fé e não pelo que vemos” (2 Co 5:7).

O conceito de caminhada indica progresso, e devemos progredir na vida cristã (Fp 3:13-16; Hb 6:1). Mas é preciso certificar-se de estar “andando na luz”, pois o inimigo coloca armadilhas e desvios no caminho para nos pegar (1 Jo 1:5-7). O que nos fortalece é que no final da jornada desta vida, entraremos na presença do Senhor. “Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si” (Gn 5:24). Nesse trecho aos irmãos tessalonicenses, Paulo enfatiza a importância da santificação, que é uma caminhada contínua para o cristão.

Na área sexual, parece estranho que Paulo tivesse que estender-se tanto para inculcar a santidade e a pureza numa congregação cristã, entretanto, o ambiente moral do império romano não era nada salutar. A imoralidade era um modo de vida, e, graças ao trabalho dos escravos, as pessoas livres tinham tempo de sobra para se entregar aos prazeres da moda. A mensagem cristã falando da vida de santidade era algo inédito nessa cultura, e não era fácil aos recém-convertidos lutarem contra as tentações a seu redor.

Os tempos mudaram e hoje se fala em uma nova moralidade, porém, ela não é tão nova assim: vivemos numa sociedade semelhantemente àquela de Roma e da Grécia. Atualmente, escasseiam os absolutos morais, idolatra-se o corpo, numa cultura sexólatra e pansexual. Este é o século do prazer barato e o reino do hedonismo. O sexo santo, puro, bom e deleitoso criado por Deus está sendo banalizado, comercializado e maculado. O desafio para a igreja de hoje é o mesmo que o da igreja da Tessalônica, andar em santidade diante de uma sociedade perdida. Você tem andado em santidade?

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Oração sobre vida e conduta cristã

“Noite e dia insistimos em orar para que possamos vê-los pessoalmente e suprir o que falta à sua fé” (1 Ts 3.10).

Para refrescar a memória, neste ano de 2022, iniciamos o estudo da Primeira Carta de Paulo aos Tessalonicenses, tratando da temática “Até que Ele volte: vida e conduta cristã”. Essa abordagem serve muito bem como um resumo geral, pois enquanto os crentes aguardam a volta de Jesus, precisam ter suas vidas e condutas transformadas por Deus.  

Em apenas três versículos (1 Ts 3.11-13), Paulo desenvolve os dois motivos de oração citados no texto-base (v.10): a) o desejo de ver os tessalonicenses pessoalmente; b) suprir o que faltava à fé dos novos irmãos de Tessalônica.

Primeiramente, Paulo, juntamente com Timóteo e Silas, pede a Deus pela oportunidade de estarem face a face com aqueles irmãos. O desejo paulino é que Deus preparasse o caminho até os tessalonicenses (v.11). Em segundo lugar, Paulo intercede para que haja crescimento [transbordar] do amor entre os irmãos e para com todos, como ele e seus companheiros evidenciavam esse amor exemplar (v.12). Ao finalizar essa prece escrita, Paulo roga para que os tessalonicenses tenham o coração fortalecido na busca da santidade progressiva, apontando para essa importância na volta do Senhor Jesus (v.13).

E o que podemos aprender de forma prática com essa oração de Paulo?        1) buscar oportunidades para estarmos com nossos irmãos [cultos, visitas, discipulado, etc.], pois Paulo não se contentava em apenas saber notícias, mas ansiava por estar com aquelas pessoas; 2) crescer sempre em amor [transbordar], não somente por nossos irmãos, mas por todas as pessoas, buscando sermos exemplos naquilo que difere o Deus verdadeiro e seus adoradores; 3) lutar pela santidade progressiva, enquanto aguardamos a volta de Jesus. As palavras “irrepreensíveis” ou “isentos de culpa” mostram a seriedade do caso e que isso não é algo facultativo para o cristão.

Assim sendo, devemos orar com afinco: – Que Deus trabalhe em nossa vida e conduta cristã até que Jesus venha novamente.

Pr. Dan Oliveira   

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Firmeza pela oração

“Porque, agora, vivemos, se vocês estão firmes no Senhor.” 1 Tessalonicenses 3:8

Antes de a criança aprender a andar, precisa aprender a ficar em pé e, normalmente, os pais a ensinam a fazer as duas coisas. Paulo era a mãe e o pai espiritual desses cristãos, mas havia sido obrigado a deixar Tessalônica. Como poderia, então, ajudar esses recém-convertidos a aprender a manter-se firmes em meio às tribulações da vida? Nos dois primeiros capítulos, Paulo explica de que maneira a igreja nasceu e foi nutrida. Agora, trata do passo seguinte no processo de amadurecimento: como a igreja deve se manter firme em sua posição.

A firmeza na fé dos crentes tessalonicenses é o grande foco deste capítulo. Cinco vezes nos dez primeiros versículos, Paulo fala sobre a fé dos tessalonicenses (3.2,5, 6, 7,10). A palavra-chave é confirmar (3.2,13) porque ele tinha esse anseio de que as tribulações confirmassem a fé dos irmãos. O pensamento chave pode ser encontrado nessa explosão de alívio de Paulo, ao saber que, por aqueles irmãos estarem firmes, ele poderia viver tranquilo.

Quando Paulo enviou Timóteo a Tessalônica não era tanto para inspecionar a Igreja para lhe prestar ajuda, porque ele se alegrava de que seus conversos se mantivessem firmes. Sua alegria era como a de quem criou algo que teria que superar as provas e tentações do tempo. Não há alegria semelhante a do pai que pode mostrar um homem que faz o bem. Por isso também é que Paulo levava seu povo em seu coração perante o trono da misericórdia de Deus, orando sempre por eles.

Paulo não apenas se orgulhava daqueles irmãos, mas sabia que deveria sustentá-los em oração. Nunca saberemos de quantos pecados fomos salvos e quantas tentações superamos porque alguém orou por nós. Quando não podemos servir a outros de outra maneira, quando como Paulo nos encontramos involuntariamente separados deles, há, entretanto, uma coisa que podemos fazer: orar por eles, para que se mantenham firmes. A igreja de Cristo deve sustentar-se firme através da oração uns pelos outros.