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Lançando fora o legalismo

“Sara, porém, viu que o filho que Agar, a egípcia, dera a Abraão estava rindo de Isaque, e disse a Abraão: ‘Livre-se daquela escrava e do seu filho, porque ele jamais será herdeiro com o meu filho Isaque’.” Gênesis 21.9-10

A velha natureza ama o legalismo, pois ele dá à antiga natureza uma oportunidade de mostrar seu “lado bom”. Não era muito difícil para Ismael deixar de fazer certas coisas erradas ou de realizar certos atos religiosos, desde que continuasse sendo Ismael. Durante dezessete anos, Ismael não causou problema algum em casa; então, quando Isaque entrou em cena, começaram os conflitos. O legalismo alimenta Ismael. O cristão que afirma ser espiritual por causa do que deixa de fazer está apenas enganando a si mesmo. É preciso mais do que negações para construir uma vida espiritual positiva e frutuosa.

Por isso, é impossível que a lei e a graça, a carne e o Espírito entrem em acordo e convivam. Deus não pediu a Agar e a Ismael que voltassem de vez em quando para fazer uma visita; foi um rompimento permanente. Os judaizantes do tempo de Paulo – e legalistas de nossos dias – tentam conciliar Sara com Agar e Isaque com Ismael, uma conciliação contrária à Palavra de Deus. É impossível misturar a lei com a graça, a fé com as obras e a justificação que Deus concede com a tentativa humana de merecer a justificação.

A igreja hoje corre o risco de cometer o mesmo erro que os gálatas: podem deixar de expulsar Agar e Ismael. Graças a Deus, o cristão foi liberto da maldição e do controle da Lei. “Lança fora a escrava e seu filho.” Trata-se de um passo que pode ser extremamente doloroso para nós, como foi para Abraão; mas precisa ser dado. A tentativa de combinar Lei e graça é uma missão impossível. Serve apenas para criar uma vida cristã frustrada e estéril. Mas, ao caminhar pela graça, mediante a fé, somos conduzidos a uma vida cristã livre e plena.

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