“De nada importa ser circuncidado ou não. O que importa é ser uma nova criação” (Gl 6.15).
Estamos chegando à nossa última pastoral, baseada na Carta aos Gálatas (6.11-18). Sendo assim, qual foi o conteúdo da “última cartada” do apóstolo nesse escrito tão valioso? Paulo faz um excelente apanhado acerca de dois fortes oponentes: religiosidade vs. espiritualidade. Precisamos lembrar ainda que essa série de mensagens foi intitulada “Evangelho em Contrastes” e assim procurar a ênfase derradeira.
Paulo grifa a importância desse conteúdo ao dizer que estava escrevendo de próprio punho e com letras garrafais (v.11). Devemos entender o que se passa nas próximas linhas do texto dessa maneira:
- Paulo condena a exteriorização religiosa que desconsidera o Evangelho e os ensinamentos de Jesus (v.12);
- Paulo diz que a pior religiosidade é pedir que os outros façam aquilo que você mesmo não está disposto a cumprir (v.13a);
- Paulo apresenta a religiosidade como um gabar-se/gloriar-se das façanhas de se fazer adeptos [proselitismo] por “causas não bíblicas” (v.13b);
- Paulo enaltece a espiritualidade baseada nos méritos e no sacrifício de Cristo na cruz (v.14);
- Paulo afirma que não é uma marca externa que nos define, mas sim o fato de sermos nova criação em Cristo Jesus (v.15). Ele deseja paz e misericórdia sobre os que “andam conforme essa regra” e ao Israel de Deus (v.16);
- As marcas de Jesus que Paulo levava no corpo foram adquiridas devido ao apóstolo pregar o Evangelho, não sugerindo autoflagelação como forma de penitência (v.17).
Na despedida dessa carta, Paulo crava que a necessidade daqueles irmãos era a “graça de nosso Senhor Jesus Cristo” (v.18). Dessa forma, a “última cartada” de Deus para nós é que fujamos de todo aspecto de religiosidade, e que, de fato, vivamos como nova criação [filhos espirituais de Deus].
“Portanto se alguém está em Cristo é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co 5.17).
Pr. Dan Oliveira
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