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Interesses de um servo

“Todos os outros buscam os seus próprios interesses e não os de Jesus Cristo.” Filipenses 2:21

Servir na maioria das vezes carrega primeiro a marca hierárquica, e Jesus mostrou para seus discípulos que não se tratava disso. Tendo vivido como servo diante deles, Cristo agora os convoca também para o caminho do serviço. De certa forma, preferíamos ouvir Jesus nos chamar para rejeitar pai, mãe, casas, terras por causa do evangelho do que unir a recomendação de lavar os pés dos outros. Se renunciarmos a tudo, temos até mesmo a chance de um martírio glorioso. O serviço, porém, precisamos experimentar diversas mortes que ocorrem quando vamos além de nós mesmos. Ele nos deporta para o comum, trivial, e ninguém quer ser assim.

O serviço desobriga-nos a participar dos jogos deste mundo, de promoção e autoridade. Quando escolhemos servir, ainda estamos no comando. Decidimos a quem e quando servir. Se estamos no comando, nos preocuparemos muito sobre alguém pisar-nos, isto é, dominar-nos. Mas quando escolhemos ser servos, abrimos de mão ao direito de estar no comando. Há nisto uma grande liberdade. Se voluntariamente escolhermos deixar que tirem vantagem de nós, então não podemos ser manipulados. Quando escolhemos ser servo, sujeitamos ou rendemos o direito de decidir a quem e quando servir. Tornando-nos disponíveis e vulneráveis.

A servidão voluntária é motivo de grande alegria. Paulo se considerou servo de Cristo, como alguém que renunciou seus direitos. Por isso, servir e ser servo não é a mesma coisa. É possível ter domínio dos mecanismos de serviço sem provar essa disciplina. Ou seja, muitas pessoas nas igrejas servem com o que sabem ou são bons, com seus talentos. Mas não se atentam para uma vida de servidão, para renunciar seus direitos e vontades e de se humilhar diante de Deus. O interesse daquele que escolheu ser servo é somente fazer a vontade daquele a quem confiou sua vida.

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