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JULGAMENTO E LIVRAMENTO

Parte do terceiro e último capítulo do livro de Joel (3.1-16), apresenta-nos o julgamento do SENHOR sobre as nações inimigas do povo de Israel. Primeiramente, Deus nos mostra as razões para o exercício desse juízo vindouro (v.1-8) e em seguida nos traz uma descrição do Dia do SENHOR como um clímax do julgamento divino (v.9-16). É bem verdade, que os versículos finais (v.17-21) relatam a restauração de Israel e a certeza de que Deus faria morada no meio do seu povo, todavia o cenário geral é, no mínimo, estarrecedor.

Assim como Pedro fala sobre as cartas paulinas (2 Pe 3.16), o texto de Joel trata de assuntos que muitas vezes são difíceis de entender, mas que mesmo assim nos permitem algumas aplicações práticas. Por exemplo, os inimigos de Deus não saíram impunes pelas atrocidades que praticaram. Esses inimigos são apontados como as nações vizinhas que oprimiram Israel. O SENHOR fala de uma guerra que ocorrerá no vale de Josafá [que significa “o Senhor julga”] ou vale da Decisão e que está ligado ao Dia do SENHOR. O Deus que entra no pleito contra os inimigos do seu povo é o mesmo Deus que garante refúgio para seus filhos.

Pois bem, consoante às afirmações anteriores, devemos lembrar que em outros tempos nós também éramos “inimigos de Deus” (Rm 5.10; Cl 1.21), mas através do sacrifício de Cristo, Deus nos tornou amigos d’Ele. Do mesmo modo, como pecadores destituídos da glória de Deus (Rm 3.23), nós merecíamos o juízo, mas novamente em Jesus encontramos livramento para essa sentença através de uma “decisão” de arrependimento e fé. Talvez muitos precisaram passar pelo “vale da sombra da morte” (Sl 23.4), antes de realizar essa decisão. Assim, nessa batalha da vida em que Deus é por nós (Rm 8.31), Ele mesmo se faz uma fortaleza para os que n’Ele confiam (Sl 91.2).

Pensemos nessa máxima, há julgamento para os inimigos de Deus e livramento para o seu povo. Deleite-se nessa verdade bíblica.

Pr. Dan Oliveira

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