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Encorajamento, exortação e consolo

Após cessar um grande tumulto na cidade de Éfeso (At 19.23-41), o apóstolo Paulo manda chamar os discípulos que ali viviam e se despede deles, partindo para a Macedônia (At 20.1). Ele viaja pela região da Macedônia até chagar à Grécia, onde permaneceu três meses (v.2-3a). Assim sendo, qual é a expressão que aparece duas vezes em Atos 20.1-2?

A Nova Versão Internacional da Bíblia utiliza o verbo “encorajar”, visto que Paulo antes de se despedir dos discípulos residentes em Éfeso os encorajou (v.1). Ao passar pelas regiões da Macedônia também Paulo encorajou os “irmãos com muitas palavras” (v.2). Essa ideia de encorajamento também pode ser entendida como “exortação”, contudo essa última expressão causa calafrios nos irmãos, pois pode apontar para a realização da disciplina cristã [vulgo “puxão de orelha”]. Em outras passagens bíblicas, a mesma palavra grega parakaléo aponta para o ato de confortar ou consolar alguém.

O apóstolo Paulo entedia que em sua missão cristã, depois de pregar o Evangelho e levar seus ouvintes à conversão a Cristo, ele deveria encorajar, exortar e consolar os irmãos seja em palavra ou por carta. É nosso dever anunciar as Boas Novas de Jesus Cristo, mas depois disso não podemos nos eximir de encorajar, exortar e consolar nossos irmãos. Por outro lado também é verdade que essas expressões embasam os mandamentos de mutualidade [Rm 15.14; 1 Co 12.25; Cl 3.16; 1 Ts 4.1; 5.11], ou seja, ao fazermos parte da família de Deus devemos permitir que sejamos encorajados, exortados e consolados nas mais diversas situações da vida.

Você compreende essa dupla verdade? Se a resposta for afirmativa, pratique-a com sabedoria e discernimento bíblico, vivendo a jornada da vida cristã em sujeição a Cristo e aos irmãos, experimentando o encorajamento, a exortação e o consolo mútuo.    

Pr. Dan Oliveira    

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